segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Divagando

Depois de 20 dias sem postar nada. Devido a falta de ideia do assunto a ser falado, volto aqui ainda sem saber o que escrever, mas com o intuito de divagar.
Nesse ultimo mês, tive a presença de uma amiga recente por aqui, isso de certa forma foi bem reconfortante. Por mais que só nos encontrávamos poucas vezes por semana, eu tinha alguém pra ligar e marcar qualquer coisa. Junto com a visita rápida de dois dias de um grande amigo (e namorado da amiga), junto com sua mãe e avó que me deram dois dias de visitas turísticas, essas visitas sempre me fazem conhecer novos lugares e olhar com novos olhos os mesmos lugares, seja a mudança de clima ou de horário. Paris sempre se modifica e me encanta de forma diferente.
Nesse último mês também, presenciei as famosas soldes. E agradeci por não ter uma alma consumista. É realmente impressionante presenciar essas quedas dos preços, promoções por todos os lados e as lojas fazendo remarcação de preço decrescente a cada semana. seja no supermercado ou na loja de móveis. Pois quem tem o espirito consumista ao extremo pode até surtar. Aproveitei pra comprar o necessário. Um dia de compras foi o suficiente pra não querer mais essa maratona por um bom tempo. 
E como disse no post passado, não uso mais a frase "Je ne parle pas français". Agora tendo conversar o máximo com as pessoas, seja perguntando os nomes dos legumes ou produtos de beleza, mas isso já me deu um grande aprendizado.
Essa semana teremos nossa entrevista da Carta de Séjour, mas escreverei um post depois dizendo do que se trata e como foi todo o processo. Na verdade talvez seja melhor pedir pro meu companheiro do blog ( e da vida) escrever sobre isso, já que ele gosta mais de falar sobre coisas burocráticas.

Por hoje é só...


terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Je parle français (um pouco)...

Quando escolhi o nome do blog, não imaginava que essa frase seria tão constante no meu dia-a-dia.No começo fazia muito sentido, pois entendia quase nada do que as pessoas falavam. Mas depois,  acho que fiz uso do "je ne parle pas français" de um certa forma indevida. Com o tempo a compreensão dos sons foi evoluindo, as frases se tornaram mais decifráveis, mas a cabeça entra em confusão com a formulação da resposta e muitas vezes a tal frase vem como forma de proteção, quase automática. 
Esse ano minhas resoluções de ano novo foram bem diferentes do convencional, uma delas foi falar menos que não sei falar francês e tentar me arriscar nas respostas tortas, talvez esteja dando certo. Usei essa frase só 2 vezes esse ano e ambas foram no tal desespero de encontrar resposta. Essa minha decisão veio com uma lógica: não é necessário falar o óbvio. As pessoas notam sua dificuldade de falar e muitas vezes tentam ajudar e dessa forma se aprende muito mais que acabando com a conversa na primeira frase.
Minhas aulas de francês começaram e sei que isso vai fazer com que meu aprendizado acelere muito mais, com uma professora que só fala francês, pra desespero de grande parte da turma onde muitos falam inglês, chinês, espanhol ou italiano. E como a turma é de iniciantes a maioria mal compreende o "je m'appelle Claude" (piada pra quem assiste o seriado Friends). 
E assim as coisas vão evoluindo, se tornando mais familiares e o desespero da tal falta de comunicação se amansando. A nova regra é : você não é obrigada a saber, mas é obrigada a aprender. E assim minhas expressões mais usadas vão aumentando de quantidade. E sabe aquelas 4 palavras mágicas que aprendemos quando pequenos? (Obrigado, por favor, desculpe, com licença). Quando se aprende qualquer língua , essas devem ser as primeiras, pois sem dúvida serão as mais usadas(e elas realmente abrem portas como nos diziam) e no francês podemos acrescentar o "bonjour", pois antes de se referir a qualquer pessoa, ele é obrigatório.




Fotos da minha nova cidade, Orsay
















segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Fim de festas

Acabou o ano , acabaram as festas e passou o período que eu achei que seria bem difícil. Sou do tipo que acredita que festas de fim de ano tem que ser com a família, já tinha passado uma ou outra distante , mas sempre sentia falta. 
Felizmente ganhei uma família emprestada pro Natal, com direito a ceia e troca de presentes. Nada de peru e farofa, a ceia era composta por frutos do mar (salmão, ostra, camarão e lagosta), patês, queijos e pães (claro!). E a troca de presentes foi uma simples troca de presentes, sem a característica descrição bem-humorada do amigo secreto e a tentativa de decifrar o presente. Mas posso dizer que meu Natal foi salvo e bem divertido.




De volta à Orsay logo depois do Natal fui ao encontro de uma querida amiga em Paris, e como passear por Paris é sempre muito bom e bem acompanhada é muito melhor. Pode dividir vários olhares da bela cidade, turistar da melhor forma possível, receber o abraço caloroso, escutar as risadas conhecidas e jogar conversa fora. Pena que a visita foi breve.














E no ano novo eu optei por ficar em casa. Como não haveriam fogos na Torre Eiffel como nos outros anos, não valeria a pena ir à Paris enfrentar a multidão de turistas nas ruas. Estourei minha champagne meia noite e a noite foi bem tranquila, assistimos os fogos do mundo inteiro. E resolvi que ano que vem se não der pra passar ao lado da minha família, quero que seja num lugar com fogos.
E hoje que seria o dia que fecha todas as festas, o aniversário da minha mãe. O primeiro que eu passo longe, então a tristeza que eu esperei nos outros dias apareceu um pouquinho hoje. Hoje é um dia de festa e  prefiro pensar que estou sempre com ela. E viva a tecnologia que diminui (um pouquinho ) as distâncias.