sábado, 26 de maio de 2012

Ser Chique

Não gosto muito desse termo, ser chique, na minha cabeça sempre esteve associado a algo esnobe e desnecessário. Nunca estive por dentro da moda e conheço o básico da etiqueta. Mas depois da mudança esse termo é sempre citado pra minha pessoa. Acredite, não tem nada de chique  em morar em outro país!
Talvez exista esse pensamento pois as pessoas que não atravessaram o oceano acabam idealizando e fantasiando, eu mesma fiz isso. O interessante é a experiência, conhecer novos lugares e culturas. É interessante e divertido, mas nada de chique. A vida muda mas fica exatamente igual, os afazeres domésticos são os mesmos em qualquer lugar.
E quanto as viagens, antes quando eu ia pra Maceió, que fica a aproximadamente 300 km de Aracaju, nunca tinha escutado que escutado o quanto eu era chique. E só foi eu dar um pulo em Bruxellas, que também fica a quase 300 km de onde eu moro agora, escutei varias vezes o quanto era chique.
Viver de bolsa não é chique, nem morar num apartamento de 50 m², lavar pratos e roupas ou qualquer outra coisa que faça parte da rotina de qualquer pessoa que não tenha empregada, nem viver longe de amigos e família. Isso não é uma reclamação, apenas uma constatação.
E realmente continuo fazendo questão de não ser chique... Continuo mais ainda por fora da moda, e tenho a impressão que as pessoas normais por aqui também não se ligam muito nela, isso me deixa extremamente confortável. Talvez ainda tenha que aprender algumas coisas de etiqueta pra oferecer jantares ou algo assim. Mas por enquanto sigo sem me sentir chique e gostando disso.



"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver” Amyr Klink

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